O sambajazz surgiu no Rio de Janeiro, mais precisamente em Copacabana, no Beco das Garrafas, que era um conjunto de 4 pequenos bares onde haviam pocket-shows.

Um desses bares chamava-se “Little Club”. Ele ainda existe e eu sempre tenho imenso prazer de tocar lá.

No final da década de 1950, aos domingos, no Little Club, se encontravam os grandes músicos que atuavam na cidade, em orquestras de rádio, TV, gafieiras, cassinos, estúdios etc. Eles iam ao Little Club para tocar Jazz, em grandes Jam Sessions que juntavam dezenas de músicos em um espaço que mal dava para 50 pessoas.

Quem eram esses músicos: Milton Banana, Edison Machado, Raul de Souza, Paulo Moura, Sergio Mendes, Dom Salvador, Tião Neto, Dom Um Romão, J.T.Meirelles, Luiz Carlos Vinhas, Luis Eça e tantos outros.

As Jam Sessions, inicialmente, tinham um repertório jazzístico, mas com o tempo, passaram a incorporar as músicas da recém-nascida Bossa Nova.
 
Em um determinado domingo, por lá passou Robert Celerier, jornalista e crítico musical francês que escrevia para o Correio da Manhã. Sobre o que lá ouviu ele escreveu: “… Eu ouvi a Hard Bossa…”.
 
Assim começaram a ser divulgadas na imprensa as Jam Sessions do Beco das Garrafas e o que começou como Hard Bossa consolidou-se com o nome de Sambajazz; a genuína mistura de dois estilos que ainda hoje fascina quem ama a música instrumental.
 

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